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Tarifa de 50% dos EUA sobre o Brasil: quem paga a conta são os americanos?

  • Foto do escritor: Bianca Kegel
    Bianca Kegel
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura
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O que aconteceu?

No início de agosto de 2025, o governo dos Estados Unidos impôs uma tarifa de 50% sobre a maioria dos produtos importados do Brasil. A decisão foi anunciada pelo presidente Donald Trump como resposta política ao julgamento do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. A medida surpreendeu o mercado e trouxe impactos imediatos – principalmente para os próprios americanos.

Impacto no Brasil: limitado

Apesar da tarifa ser alta, os efeitos sobre o Brasil devem ser moderados. Isso porque os EUA representam cerca de 12% das exportações brasileiras, e muitos produtos – como aviões, petróleo e celulose – ficaram fora da tarifa. O país já vem redirecionando suas vendas para outros mercados, como China e Europa.

E os Estados Unidos?
Café, carne e suco mais caros

Os consumidores americanos devem ser os mais afetados. Cerca de 30% do café consumido nos EUA vem do Brasil. Com a nova tarifa, o custo do grão aumentou, e redes de cafeterias e torrefadoras já alertam para repasse de preços ao público.

O Brasil também é um dos principais fornecedores de carne bovina usada em hambúrgueres e alimentos processados. A tarifa encarece esse produto no momento em que os EUA enfrentam um rebanho reduzido. Resultado: mais pressão sobre os preços nos supermercados.
Até o suco de laranja – que foi excluído da tarifa – teve seus preços disparando no mercado futuro logo após o anúncio, devido ao medo de escassez.

Indústrias americanas em alerta

Diversos setores produtivos dos EUA dependem de insumos brasileiros:
  • Celulose: usada para fabricar papel, embalagens e até papel higiênico.
  • Fertilizantes: essenciais para a agricultura americana.
  • Aeronaves e peças: componentes da Embraer são usados por companhias aéreas regionais.
Esses segmentos pressionaram o governo para ficarem fora da tarifa – e muitos conseguiram isenções. Mas a tensão persiste: cadeias produtivas estão mais caras e instáveis.
Empresas americanas preocupadas.

A Câmara de Comércio dos EUA criticou publicamente a medida. Mais de 6,000 empresas americanas dependem de importações brasileiras para funcionar. Além disso, quase 4,000 companhias dos EUA atuam no Brasil, e podem ser prejudicadas se o Brasil decidir retaliar.

Risco de retaliação

Até agora, o Brasil evitou impor tarifas em resposta. Mas o governo brasileiro sinalizou que, se a situação continuar, poderá reagir com medidas contra produtos americanos. Isso colocaria em risco exportadores dos EUA, principalmente do agronegócio e da indústria de tecnologia.

E o custo político?

A medida já gera debate interno nos EUA. Empresários, economistas e até políticos do próprio Partido Republicano alertam: a tarifa encarece o custo de vida e não traz ganhos reais para o país. A longo prazo, esse tipo de ação pode aumentar a inflação e prejudicar empregos em setores que dependem do comércio com o Brasil.

Conclusão

A tarifa de 50% foi pensada como punição ao Brasil, mas na prática, pode sair cara para os próprios Estados Unidos. De alimentos básicos a insumos industriais, os americanos devem sentir no bolso as consequências dessa decisão. Economistas alertam: em guerras comerciais, todos perdem – especialmente o consumidor.

Fontes: Reuters, Bloomberg, AP News e Câmara de Comércio dos EUA.
 
 
 
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